...
Vivemos muitas jornadas percorrendo os montes,
Buscando exercício e as perdizes bravias.
Bebíamos os dois água no chafurdo das fontes,
Agora, sobram apenas recordações desses dias.
Foi naquele bosque sombrio, sinistro e denso,
Que a fera arremeteu, um javali feio e torto.
E veio a ira, o desespero, e um adeus imenso,
Acabava de perder um amigo, estavas morto.
Agora, quando a custo volto àqueles montes,
Não me movimento da mesma maneira.
Já não bebemos água das mesmas fontes,
Nem comemos o farnel da mesma lancheira.
...
Ao regressares com a perdiz ferida,
Que se acoitara na grande silveira,
Beijei-te, como a uma pessoa querida,
Retribuindo uma afeição verdadeira.
Quando me afoitei na torrente fluvial,
Entraste em pânico e acudiste,
Com a dádiva da amizade de animal,
Que entre os homens já não existe.
...
Aristides B.Victor
In Poiesis, volume XX, Editorial Minerva.
Vivemos muitas jornadas percorrendo os montes,
Buscando exercício e as perdizes bravias.
Bebíamos os dois água no chafurdo das fontes,
Agora, sobram apenas recordações desses dias.
Foi naquele bosque sombrio, sinistro e denso,
Que a fera arremeteu, um javali feio e torto.
E veio a ira, o desespero, e um adeus imenso,
Acabava de perder um amigo, estavas morto.
Agora, quando a custo volto àqueles montes,
Não me movimento da mesma maneira.
Já não bebemos água das mesmas fontes,
Nem comemos o farnel da mesma lancheira.
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Ao regressares com a perdiz ferida,
Que se acoitara na grande silveira,
Beijei-te, como a uma pessoa querida,
Retribuindo uma afeição verdadeira.
Quando me afoitei na torrente fluvial,
Entraste em pânico e acudiste,
Com a dádiva da amizade de animal,
Que entre os homens já não existe.
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Aristides B.Victor
In Poiesis, volume XX, Editorial Minerva.
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