Tanta
festa, tanta alegria,
Naquele
abril libertador,
Depois
de tanta euforia,
E
de gente sem pudor,
Veio
a surpresa, a agonia,
A
fome, a miséria e a dor.
Agora,
do topo da minha colina:
Onde,
desesperado, me refugiei,
Fugindo
à crueldade citadina,
E
a tantas agruras que nem sei,
Vejo
a minha pátria em ruína;
Escuto
agrestes, os ventos,
Que
em rabugenta surdina,
Anunciam
os tormentos,
De
uma terra que declina;
Oiço
um povo acabrunhado,
Que
sofre e abomina,
Ser
pobre e mal tratado,
Mas
vai carregando a sina,
Num
murmúrio mal-amado,
Ainda
assim não desatina,
Pois
sofrer é o seu triste fado.
Aristides B. Victor
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