Em
cada dia que passa, o interior de Portugal vai ficando entregue às espécies
daninhas, animais e vegetais, sem que os sucessivos governos tentem inverter a
situação. O trabalho de sucessivas gerações, desbravando a terra crua e
transformando a paisagem, vai sucumbindo de forma irreversível, obedecendo a
toda uma conjuntura de abandono cimentado no isolamento. Alguns lugares estão
desertos e noutros só lá vegetam penosamente os mais velhos, cujo fim estará
próximo. Mais tarde, depois de tudo isso acontecer a questão só poderá dizer
respeito aos arqueólogos e historiadores.
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